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Panorama Nacional

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Panorama Nacional

Portugal é dos países da Europa o que tem maior densidade de kartódromos. Ao todo são mais de 30 Pistas do norte ao sul do país. Eu próprio não as conheço a todas.
Isto não reflecte, no entanto, a quantidade de praticantes. A verdade é que muitas delas têm tido dificuldade em sobreviver apesar de algumas boas iníciativas. O problema é que a oferta é muito maior que a procura, além de que, como em tudo hoje em dia, dinheiro gera dinheiro, e o marketing a que os kártodromos com mais sucesso têm acesso leva ao esquecimento da existência de alternativas, muitas vezes mais baratas, apesar de um pouco mais longe.

nacional_leiriaQuanto ao desporto em si, está dividido em duas grandes facetas. O Karting de lazer, e o Karting de competição.
O Karting de lazer tem este nome mas isso não quer dizer que os troféus e provas existentes sejam menos competitivas que no Karting de competição. É comum designá-lo assim porque nasceu no início dos anos 90, quando grupos de amigos se começaram a organizar para fazerem corridas pontuais entre si, utilizando as frotas de karts de aluguer dos kartódromos, como alternativa mais barata e descontraída às tradicionais corridas do Campeonato Nacional. Esta filosofia mais descontraída foi crescendo e imediatamente alguns kartódromos (entre os quais o >>Euroindy na Batalha foi pioneiro) criaram condições e estruturas de apoio para que estas "corridas de amigos" se fizessem de forma mais organizada. Apareceram as provas de grupos, provas de resistência por equipas de 2 ou mais pilotos, que normalmente acabam com uma boa almoçarada ou jantarada.
Com o tempo e com o marketing, apareceram troféus compostos por várias provas deste tipo, apareceram troféus de empresas e corridas de 12 e 24 horas, tudo organizado por particulares, e utilizando as frotas de karts de aluguer com motores a 4 tempos dos kartódromos.

Ao mesmo tempo que isto acontecia, na faceta de competição, o >>Campeonato Nacional de Karting evouluiu a partir de corridas onde cada piloto aparecia com o seu próprio kart (sempre com motor a 2 tempos), algumas vezes até construído por si próprio, até um ponto de quase profissionalização. Hoje em dia raros são os pilotos que cuidam da mecânica do seu pŕoprio kart. Existem equipas profissionais a quem os pilotos pagam os serviços prestados na preparação e logística. No paddock de uma corrida do Campeonato Nacional vêm-se camiões-oficina, tendas com cafézinho, equipamentos de telemetria, mecânicos estrangeiros, material novo para cada corrida e muitos jogos de pneus novos.

Felizmente que paralelamente a isto existem os chamados >>Troféus Regionais. Nestes troféus, normalmente abertos às mesmas categorias que o Campeonato Nacional, ainda resta um pouco do espírito do Karting dos anos 90. Aqui, apesar de também estarem presentes as grandes equipas, vêm-se pilotos aparecer com o seu kart num reboque, com a sua caixa de ferramentas.
Tentam limitar-se os custos, limitando, por exemplo, o número de jogos de pneus novos que se podem utilizar durante o ano.
Um senão é que estes troféus realizam-se apenas numa ou duas pistas cada um, pelo que normalmente as pessoas do norte nao conhecem as pistas do sul, e vice-versa.

Por último, a Taça de Portugal, que é um evento de uma única prova, consegue reunir os pilotos do Campeonato Nacional com alguns pilotos dos Troféus Regionais e por isso tem a designação de "Festa do Karting".

Parte 2:

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